“SUB SOCIEDADE POR UM FIO”
POESIA NÃO RIMADA(ILSA LAVISO)
-Mainha to cum fome,
Se aquiete muleque
e vê se tu dorme
Que tem pão não,
Canta cum mainha
esta canção e espera
pra ver o que a vida
acontece, de que novo
dia amanhece.
-Painho to cum frio,
se sossegue menina
tem coberto não
olha o céu conta
as estrelas,
vamu ver o que dá
vida acontece,
amanha quando
o sol amanhece,
-Home to com do,
Mue não se avexe,
remédio tem nao
venha ca pro braços meu ,
vamo faze amo,
e ver do que a vida acontece
no novo dia que amanhece
-Muie to com medo da
morte,
home, deixe disso vice,
me da aqui seus cabelo
pra eu faze cafuné
e vamo vê o que da vida
acontece, la quando o dia amanhece
alguma coisa mio.
algum trabaio,
aguma coisa pra cume,
um coberto,um remédio pra tanta do.
Uma esperança pra caminha,
-Mainha cadê o pão?
Painho cadê a escola?
Mue cadê o amo?
o home cadê o teto,,a flo?
nosso jardim, nossos fios
amanhecemo sem esmola
num aprovaru o projeto,
do teto, uma ajuda, uma luiz
a vida já vai por um fio
la fora ta tudo escuro
la distante so o entuio
aqui embaixo dessa ponte
encostado nesse muro
so escuro,,o chão frio e duro
seja forte, tente aguente ,
mas se não guenta
num se atormente
logo não há
quem comente
a morte de mais uma
família da sub sociedade doente.